Wednesday, May 25, 2005

Caminhada Dia 25 24/05/2004

Estamos chegando próximos do fim e a expectativa aumenta. Saímos de Villafranca pela trilha do Morro ao invés da marginal a estrada. Não nos arrependemos nem um pouco disso pois o caminho era lindo. Na saída Raquel pergunta a Lola algo sobre nosso destino daquele dia e Lola prontamente responde com seu Espanhol nativo extremamente divertido: “Pregunte a Luiz e Sónia porque são ellos quiém dán las ordenes...” Assim seguimos subindo o caminho difícil por 3 Km quando então chegamos ao topo, no bosque de Castanhas colhemos algumas no solo e pela primeira vêz vi esta especiaria tão cara no Brasil que foi prontamente devorada ainda crua. Seguimos até Trabadelo este dia foi marcado pela caminhada em ascenção por uma estrada estreita tendo como vista viadutos enormes (que eu iria passar ao retornar de Santiago a Madri) o entorno da estrada passava por perto de um rio muito bonito, tinha uma vegetação de um verde muito intenso e temperatura muitíssimo agradável. Chegamos a um restaurante na beira do caminho onde almoçaram Luiz, Lola e outros lembro de ter encontrado Sylvio ali a vista da varanda do restaurante para rio era muito tentadora a permanecermos ali pois fazia parte uma pousada. Lembrando em tempo Lola apesar de sua estatura comia bem... Criamos uma teoria que seu rítimo acelerado era em decorrência de seu metabolismo de clock interno (linguagem de computador) aceleradíssimo. De volta ao caminho, seguimos subindo agora já na bela verde Galícia. A chegada ao Cebreiro foi em meio a presença de vários turistas que nos olhavam como aventureiros. Ali, tiramos fotos nas quais eu bloqueei a imagem da pequena Alemã e causei sua raiva temporária(rsss). Saímos logo dali e fomos para o Albergue onde conseguimos Luxuosos acomodações no frio, duro piso do albergue. Pelo menos pude economizar uma boa quantidade de Euros. O frio a chuva e a neblina castigavam aquele lugar. Fomos jantar todos juntos: Sylvio e Lílian, as AleMães, Alvaro e Abdo bem como Raquel, Lola, Sandra, Luiz, Bettina e Sonia. Votamos então para nosso aconchego pois o tempo não pedia ficarmos ao relento e nos agrupamos como um grupo de sem-teto.

Tuesday, May 24, 2005

Caminhada Dia 24 23/05/2004

Acordamos de manhã e tratamos de sair para dar continuidade ao caminho fechamos as barracas que foram nossos quartos na noite anterior (em verdade foi até bom pois deu para variar dormir em um lugar diferente). Seguimos em direção a Ponferrada onde pouco ficamos pois tínhamos um cronograma a cumprir que não nos permitiria ajustes ali se me recordo foi ali que deixamos Bettina para tomar ônibus para Vilafranca a partir de uma informação de um transeunte na saída se me recordo tivemos uma divertida e calorosa conversa com Lola sobre bons modos dos Espanhóis ao vermos uma pessoa batendo tapete na janela. Na saída cruzamos uma central elétrica, e nem percebemos a chegada de Columbrianos dali seguimos por onde creio chegamos a Cacabelos quando no caminho da saída comemos bastantes ída comemos bastantes cerejas ainda verdes no pé apesar dos avisos de Sónia... Dali seguimos até Vilafranca del Bierzo onde encontramos Bettina e constatamos que em seu Albergue não teríamos mais vagas disponíveis e assim seguimos ao Albergue de Jesus Rato e sendo atendidos por um Brasileiro muitíssimo simpático, arrumamos teto. E ainda tivemos a companhia da Sonia AleMãe. No albergue também fomos recebidos pelas Canadenses e Americanas cheias de alegria. Eu naquel momento só tinha meus olhos na Europa. Saímos para conhecer a cidade que é muito simpática possuindo basicamente dois níveis o da cidade que é mais próxima ao Rio, com uma igreja bastante bonita, comércio e Hotéis sendo um onde ficou Sylvio, Lílian e Martha AleMãe e o lado mais alto da cidade com contruções muito bonitas e os Albergues. Como Chegamos cedo ali, saí pra visitar Bettina e passar um tempo com ela e conhecer a cidade onde compramos os ingredientes para o jantar do grupo. Recordo-me do retorno ao nosso Albergue quando Sónia aplicou Reiki em Bettina(cuja mãe tb era Reikiana [?] mas nunca havia sofrido tal aplicação). Aproveitei e também tive o tratamendo de Sónia que melhorou significativamente as condições de minhas pernas. O jantar foi feito no Albergue onde ela ficou. Na preparação da macarronada tive ajuda das meninas e consultoria de um típico Italiano, fizemos uma boas ação ao doar a comida para um peregrino que ali estava e não tinha o q comer (se bem que em se tratando da minha comida de repente seria um ato nem tão nobre...). Após comermos e me despedir voltamos ao nosso Albergue para presenciarmos a Queimada Galega. Seu executor, Jesus Rato, fêz suspense se iria ou não fazer a queimada até a hora de fazê-la. Lembro-me de uma Americana sem uma perna que cruzava o Caminho e foi homenageada por Rato ao ser a primeira a prová-la. No ritual, conforme manda o ritual, coloquei meu dedo na tigela e o retirei em chamas, depois recebi um caneco e tomei aquela bebida sem saber seu conteúdo(nada saborosa). Segue um abaixo trecho da queimada:
"Esta queimada es para librarse de todos los rencores, y es como un mensaje de perdón contra todos los problemas y rinconcillos de los enemigos del camino y de la vida.
Entonces vamos a empezar el conjuro y claro, el conjuro si es un conjuro peregrino, se van diciendo los pecados peregrinos así un poco pa que así vayan quedando aquí todos purificados.
Señor Santiago, Señor de lo cuatro vientos te damos esta queimada del camino de las estrellas.
"Mouchos, coruxas, sapos e bruxas.
Demos, trasgos e diaños / peregrinos que andan a los engaños / buscando refugios con sauna, piscina y baño.
Peregrinos de la lavadora.
Peregrinos con ampollitis.
Peregrinos que se montan el rollo / siempre en el coche de apoyo.
Peregrinos que paran al autobús.
Peregrinos que salen los últimos y llegan los primeros sin saber donde están las cuestas.
Peregrinos con tendinitis.
Peregrinos de gastrointeritis.
Peregrinos madrugadores, que habría que cortarles las orejas pa que no puedan oír..
Peregrinos con telefonillo móvil... (estoy subiendo la cuesta ahora... me faltan 3 piernas pa llegar al pico... vale... adiós... hasta luego).
Peregrinos que le suben las mochilas a cebreiro con coche de apoyo.
Barriga inútil da muller solteira, falar dos gatos que andan a xaneira,
Pecadora lingua da mala muller casada cun home vello.
Averno de Satán e Belcebú, lume dos cadavres ardentes, corpos mutilados dos indecentes,
(Podéis probar a ver si les va gustando... no, yo no pongo el dedo ahí ­dijo uno de los participantes)" En este momento saca la cuchara como tantas otras veces llena de líquido hirviendo y llameando pero en vez de volver a tirarla en la olla, se la acerca, pone un dedo adentro y cuando lo saca, obviamente, está cubierto de fuego. Se lo lleva a la boca para probarlo. Nos pide que la probemos y, uno a uno, vamos viendo nuestro dedo vestido en fuego que apagamos con la boca.
"Forzas do ar, terra mar e lume: si é verdade que tendes tanto poder... que agora e eiquí, todos los amigos que están fora se unen de nos en esta queimada, pero que no vengan en cuerpo y alma sino nos la acaban sin nada"
En eso saca un frasco, con una mezcla extraña que vaya uno a saber cuántos años tendrá, toma un poco de masa sin forma y dice: "Estas son las sobras de otras queimadas, aquí tenéis el espíritu de miles de peregrinos, y de la inauguración de ese otro albergue, y de la inauguración cuando se inauguró esto y bueno, de varias inauguraciones, y también de un congreso que hubo en Colonia también hicimos una queimada con este orujo... y bueno, muchos sitios. Allá en Inglaterra estuvo también este orujo en una reunión cuando fuimos a juntar el primer dinero para el refugio aquel..." y lo tira adentro de la olla. Revuelve un poco y vuelve a sacar una cucharada llena para poner de nuevo en el tarro para que sirva para la próxima.
"Quedaremos libres de todos los malos espíritus..." Apaga el fuego poniéndole un diario encima a la olla. Luego pide un jarro, donde pone un poco del líquido resultante y lo pasa al de al lado. El jarro va de mano en mano sin que nadie lo pruebe. Cuando termina la ronda ese líquido vuelve a la olla. Revuelve un poquito más y lo reparte, de tal manera que todos tuvieran su jarro ­o vaso de plástico­ en la mano para brindar."

Fomos dormir para mais um dia por vir não acabaria bem ficar por ali pela noite.

Sunday, May 22, 2005

Caminhada Dia 23 22/05/2004

Acordei feliz pois havia com minha nova personalidade magnética(fruto da descarga do relato anterior), conquistado aquela Alemã.
Seguimos todos caminhando bem para mais uma etapa e logo chegamos ao pé do Monte Irago. Havíamos visto os desenhos do perfil de relevo deste etapa e depois de andar tanto, confesso não estava com medo desta ascenção por vir. Como a subida já começava de um ponto de considerável elevação a medida que subíamos a vegetação ficava ainda mais baixa porém etas paisagens descampadas eram bastante bonitas (sinceramente acho q naquele dia até a entrada de Burgos seria bonita aos meus olhos).
Continuando chegamos às ruinas de Foncebadón com suas casas de pedra abandonadas e com os telhados também em pedra (devidamente explicados por minha Personal Architect ‘n beloved) seguindo pela cidade vimos uma ruina muito recente e na sua entrada uma placa que dizia: LA TABERNA DE GAIA (em minhas pesquisas do caminho vi um report desta taberna e após lê-lo fiquei frustado de não tê-la visitado...). A condição era o resultado de uma explosão de um bujão de gás.
Como “Valientes” seguimos e logo alcançamos a Cruz de Ferro, um conjunto de pedras emplihadas(creio que de todo o caminho:eu mesmo colhi uma no caminho além da minha pedra (que se apresentou, não a escolhi, ela que surgiu para a epopéia ainda no Rio).
Em direção ao nosso destino, saímos pela estrada e depois seguimos por trilhas chegando a Manjarín. Ali encontrei um hospitaleiro que estava estressado com a grande quantidade de peregrinos. Paramos ali, comemos algo, bebemos batemos o sino e brinquei com o perrito sendo logo grosseiramente advertido pelo dono que bateu no cão.
Saímos em direção a El acebo descendo suavemente até aquela cidade e neste caminho em terreno muito aberto suspeitamos estar no caminho errado.Sendo assim perguntamos (acreditem, não é fácil encontrar alguém alguém nestes descampados). Daquele ponto em diante a caminhada da Bettina se tornaria mais difícil devido as dores de seus pés não a perdoarem mais. Ela valentemente caminhava com dificuldades e fiquei muito preocupado se ela chegaria bem então combinei com Luiz e Sònia e os outros iriam continuar até Molina Seca e ali reservar albergue para todos.
Após muita dificuldade chegamos a Molina Seca eu e Bettina. A cidade era muito bonita com o rio cristalino banhava a entrada da cidade onde Sylvio e Sonia AleMãe se deliciavam nas águas refrescantes do rio que cruzava a cidade Luiz nos recebeu na entrada da cidade e nos conduziu ao Albergue. Nos arrastando chegamos ao albergue porém desta vêz iríamos ficar em uma barraca (o dono havia posto várias no albergue). Logo depois que nos acomodamos, a uma Japinha de São Paulo moradora da Austrália (q rolo hêin?) iria me chamar para irmos a cidade. Receoso dos ciúmes da pequena Alemã, tratei de chamar Luiz para ir conosco. Voltamos e depois fomos mais uma vêz a cidade agora para comer todos nós. Encontramos os policiais, o trio, e conversamos um pouco. Na saída compramos os remédios, voltei para alcançar o grupo, fui recebido friamente e decidi telefonar para o Brasil. Dali fui para barraca para literalmente dormir.

Saturday, May 21, 2005

Caminhada Dia 22 21/05/2004

Não tenho muitas recordações da saída de Hospital de Órbigo. Saímos todos em direção a Rabanal del Caminho apesar de críticas quanto a nossa decisão de não ficarmos em Astorga pois até o hospitaleiro baiano achava nosso plano excessivamente audacioso. Decidimos seguí-lo e assim saímos e não poderíamos ficar em Astorga. Depois de passarmos por pequenas cidades no começo chegamos a uma subida que quebraria a rotina. Não me recordo do café da manhã mas creio que após a noite anterior eu tenha me entregue a uma outra que todos tinham, eu a tive algumas vezes, o Luiz e acho que até o Sylvio. O nome dela é Madalena. Madalena era fácil, por qualquer mixaria em qualquer cidade espanhola sera possível saber como ela era ordinária e saborosa. Vale lembrar que eu fui avisado por luiz para tomar cuidado com possíveis danos que Madalena poderia me trazer. A sua consistência era muito gordurosa. Ahh acho que esqueci de avisar que Madalena era um bolinho a venda em todas as quitandas. Seguindo o caminho, creio termos encontrado com a Raquel pela primeira vêz. Me recordo que ela estava com um grupo de Estrangeiro. No Caminho Bettina cometou comigo que me achava frio apesar de eu ter parado para cuidar de seus pés, mas na verdade eu estava a tratando como as outras meninas. A seguir do alto víamos Astorga e ao nos aproximar da cidade passamos por planaltos e adentramos Astorga onde avistamos o Museu de Gaudi que era próximo a catedral da cidade. Na saída passamos por um enterro e na saída posamos na frente do Castelo Templário.Dali saímos em direção a Rabanal del Caminho cidade que nos recebeu com chuva intensa. Em Rabanal, não haviam vagas no indicado Albergue municipal e assim saímos para quem sabe o Albergue com melhor bar e pior atendimento. Quando eu tomava banho ouve uma queda de Energia e que literalmente me deixou chocado, a chuva castigava a região e quando conversando com alguém de fora do box (acho que era Luiz...) tomei um dos maiores choques da minha vida tào forte que a reação na ele feri a mão na parede. Creio que a descarga possa ter vindo pela tubulação e me preocupei pois se eu fosse cardíaco poderia terminar o incidente de forma mais grave. Assim procurei o pessoal do Albergue para avisar que eu havia tomado um choque e a proprietária me tratou de forma grosseira. Após recuperar me do choque fui conversar com Bettina e a agora a pedido dela, começamos a nos entender de forma feliz(creio que o CHOQUE deixou minha personalidade magnética...).
Neste albergue também reparamos algo para comer conseguindo assim recuperar as finanças que andavam mal... No quarto do Albergue pude chegar a tempo de mudar de lugar para evitar as goteiras que se implantaram ali sobre os Peregrinos.

Uma noite feliz...
Ahh apesar do choque e me sentindo iluminado eu não estava irradiando luz...

Caminhada Dia 22 21/05/2004

Não tenho muitas recordações da saída de Hospital de Órbigo. Saímos todos em direção a Rabanal del Caminho apesar de críticas quanto a nossa decisão de não ficarmos em Astorga pois até o hospitaleiro baiano achava nosso plano excessivamente audacioso. Decidimos seguí-lo e assim saímos e não poderíamos ficar em Astorga. Depois de passarmos por pequenas cidades no começo chegamos a uma subida que quebraria a rotina. Não me recordo do café da manhã mas creio que após a noite anterior eu tenha me entregue a uma outra que todos tinham, eu a tive algumas vezes, o Luiz e acho que até o Sylvio. O nome dela é Madalena. Madalena era fácil, por qualquer mixaria em qualquer cidade espanhola sera possível saber como ela era ordinária e saborosa. Vale lembrar que eu fui avisado por luiz para tomar cuidado com possíveis danos que Madalena poderia me trazer. A sua consistência era muito gordurosa. Ahh acho que esqueci de avisar que Madalena era um bolinho a venda em todas as quitandas. Seguindo o caminho, creio termos encontrado com a Raquel pela primeira vêz. Me recordo que ela estava com um grupo de Estrangeiro. No Caminho Bettina cometou comigo que me achava frio apesar de eu ter parado para cuidar de seus pés, mas na verdade eu estava a tratando como as outras meninas. A seguir do alto víamos Astorga e ao nos aproximar da cidade passamos por planaltos e adentramos Astorga onde avistamos o Museu de Gaudi que era próximo a catedral da cidade. Na saída passamos por um enterro e na saída posamos na frente do Castelo Templário.Dali saímos em direção a Rabanal del Caminho cidade que nos recebeu com chuva intensa. Em Rabanal, não haviam vagas no indicado Albergue municipal e assim saímos para quem sabe o Albergue com melhor bar e pior atendimento. Quando eu tomava banho ouve uma queda de Energia e que literalmente me deixou chocado, a chuva castigava a região e quando conversando com alguém de fora do box (acho que era Luiz...) tomei um dos maiores choques da minha vida tào forte que a reação na ele feri a mão na parede. Creio que a descarga possa ter vindo pela tubulação e me preocupei pois se eu fosse cardíaco poderia terminar o incidente de forma mais grave. Assim procurei o pessoal do Albergue para avisar que eu havia tomado um choque e a proprietária me tratou de forma grosseira. Após recuperar me do choque fui conversar com Bettina e a agora a pedido dela, começamos a nos entender de forma feliz(creio que o CHOQUE deixou minha personalidade magnética...).
Neste albergue também reparamos algo para comer conseguindo assim recuperar as finanças que andavam mal... No quarto do Albergue pude chegar a tempo de mudar de lugar para evitar as goteiras que se implantaram ali sobre os Peregrinos.

Uma noite feliz...
Ahh apesar do choque e me sentindo iluminado eu não estava irradiando luz...

Friday, May 20, 2005

Caminhada Dia 21 20/05/2004

Saída cedo problemática devido ao portão do Albergue estar fechado causando grande confusão e desgosto para os Peregrinos corredores foi prazeroso vê-los desesperados com a impossibilidade de sair. Caminhamos eu Luiz, Lola, Bettina, Sónia e Sandra pela amiga N120, até cruzarmos a linha férrea. Seguimos margeando o trilho do trem quando decidi invadí-lo tive uma foto muito bem tirada pelo meu amigo Luiz(não gosto de como saio em fotos mas acho esta uma das melhores senão a melhor. O dia estava limpo e podemos caminhar bem. Cruzamos com um pastor tendo uma grande quantidade de ovelhas sendo escoltadas por apenas um “perro”. A seguir subimos a Virgen do Caminho onde se me recordo tomamos café em um lugar muito simples saindo a esquerda da via principal onde alguns operários de uma obra também tomavam café. Dali saímos e logo depois cruzamos por baixo da da Autopista 66 me recordo que pouco antes deste cruzamento havia um descampado de um verde intenso.
No meio da caminhada tomei uma resolução: as mulheres daquele grupo não estavam muito prendadas para o lar e então eu deveiria tomar as rédeas da cozinha e, a fim de economizar dinheiro com restaurante porém ainda mantendo a dignidade de alimentar-me bem, pensava em fazer pimentões recheados com Carne. Conversei um bocado com a Bettina o dia inteiro. E após caminharmos um bocado chegamos a Puente de Órbigo e então cruzamos o “passo honroso” para adentrarmos Hospital de Órbigo nosso destino deta etapa. Ao chegar contatamos nossa agente, Lílian que apesar de ter se registrado em um hostal nos indicou um Albergue recém aberto que tinha como hospitaleiro um Brasileiro (o segundo, lembremos o Acácio) um baiano boa praça que nos recebeu com muita atenção (acho que ele estava com um pouco mais de atenção para com a Bettina mas se ligou...) logo saímos para um mercado e compramos um frango, arroz e pra variar bons vinhos o amigo baiano tratou das bolhas dela e das minhas também quando tive que ouvir o Abdo me zoando... Lembro de uma senhora maratonoista que estava em caminhando uma média de aprox. 35Km por dia e em decorrência deste esforço apresentava danso sérios nos pés tão sérios que o hospitaleiro sugeriu que ela fosse a um médico. Hora do Jantar e preparei um risoto frango com molho de tomates tendo ao meu favor o melhor ingrediente da culinária mundial, um público faminto... Após uns goles de vinho e grande espectativa tentei mais uma vêz me aproximar da Bettina sendo devidamente mais uma vêz descartado sendo esta minha última tentativa.

Thursday, May 19, 2005

Caminhada Dia 20 19/05/2004

Acordamos cedo eu Lola, Luis e as Portuguêsas. Havíamos entendido que o plano de caminho delas era audacioso e factível, por serem pessoas extremamente boas iríamos nos unir a elas. Desta forma saímos de Mansilla de Las Mulas passando pela ponte da cidade crusando o Rio Esla e a partir daí seguimos margeando a já afamada N-120 passando por Villamoros de Mansilla, Villarente, Acahueja e Valdelafuente quando começamos a chegar na periferia de León caminhamos em meio a pequenas ruas e chegamos a uma peguena praça com um Albergue em um convento. Pela primeira vêz chegamos cedo a uma cidade onde havia uma fila considerável na porta do Albergue porém percebemos que isso não seria um problema para arrumarmos uma vaga ali. Com os pés em prantos decidi que deveria aliviar a minha carga e comprar um novo par de tênis. Saí para comprá-lo e realizar o despacho, caminhado pela cidade encontrei uma lojo com calçados espanhóis e com Luiz despachei o excesso da minha bagagem para Santiago. De volta ao albergue saí com Bettina para com ela enviar o excesso de carga de sua mochila. Removi tudo que não seria necessárioa ela para continuação da viagem e eu brincava com ela dizendo que o seu saco de dormir mais se parecia com um bote salva-vidas então ela iria comprar um de dimensões mais compatíveis. Chegando ao correio encontrei Alvaro e Abdo que também despachavam alguns ítens. Dali, a levei a uma loja para comparar o saco de dormir e retornamos para deixar as suas coisas no Albergue. Então decidimos comprar alguns remédios, vaselina e encontrar os outros próximos a catedral de León. Na Farmacia tive dificuldades de comprar os produtos devido a distrações germânicas que sofri. Saí dali feliz, tomamos um café, conversamos retirei a promessa que hacia feito de não tentar algo mais com ela e voltamos para a catedral de León. A catedral, com sua entrada magnífica, vitrais lindos e era repleta de riquezas. Visitamos ainda o parador da cidade que fora um albergue de peregrinos anteriormente. Tirei algumas fotos com um amigo Peregrino que ali estava a muito tempo (a estátua) e então retornamos ao albergue. Havia uma Benção aos peregrinos mas eu a perdi pois estava fora no momento em que o pessoal entrou na capela e como não consegui encontrá-la voltei ao Albergue. Que era uma quadra de basquete transformada em abrigo sem paredes mas cheia de pessoas. E ali dormimos amontoados.

Wednesday, May 18, 2005

Caminhada Dia 19 18/05/2004



Após o atormentado dia anterior saí com Sylvio, Luiz, Sonia e Lola pois Lílian ainda enferma teria que seguir de Trem acompanhada da Martha. Ainda assistimos o nascer do sol em Calzada del Coto, continuando, tomamos café em Bergianos del Real Caminho. Seguimoa a caminhada calmamente até Burgos Raneros onde paramos, comemos algo e saímos assistindo um trem que mais tarde soubemos ser o que a Lílian havia tomado. Recebi ainda uma chamada de Bettina informando que estava doente e iria descansar aquele dia. E que falaríamos depois. Neste dia admirei as cegonhas, aves vistas pela primeira vêz nesta viagem, o que parecia estranho pois se associa a estas aves o nascimento de bebês porém eu via muito mais crianças no Rio que ali na Espanha enquanto no Rio nunca vi uma cegonha...
Saímos todos de Burgos Raneros acompanhados ainda do Abdo e do Alvaro por planícies longas e de poucas árvores. No meio do caminho decidi trocar as botas por minhas sandálias pois meus pés estavam me torturando demais, as bolhas haviam crescido demais sobre as unhas e ainda tinhas algumas no tendão de aquiles e dores fortes na canela. Já com as calçadas e caminhando com Luiz e Abdo e seguindo pelo descampado puxei papo com Jose Mari, um policial acompanhado de duas colegas de trabalho, todos simpáticos. Aida que com certa desconfiança conversamos bastante. Adiante o Abdo decidiu beber água do sistema de irrigação dos campos cultivados por ali. Mesmo com a conversa com o pessoal bastante simpático a caminhada seguia dura, todos nós sentíamos muito o calor daquela pista com calçamento tão quente. Ao lado de Abdo e Alvaro avistamos as Portuguesas Sonia e Sandra que demonstravam sua bravura em seguir a pé adiante de nós, sem falar que pouco pararam em Reliegos, prossenguindo seu caminho. Ali em Reliegos tiramos fotos para as policiais e comemos algo e fizemos nossos votoas a San Miguel. Chegamos a Mansilla e conseguimos vagas no corredor do albergue onde encontramos as Portuguesas e jantamos juntos. Naquele dia percebi que eu deveria cozinhar para grupo.que começava a se formar. O Hospitaleiro era um Alemão da Bavaria que aliviava as dores dos pereginos pelo toque. Após o jantar que foi do lado de fora, decidi ligar para Bettina para saber como ela seguia. Ela informou então que havia ficado ali em Mansilla e disse ainda que iria para León de ônibus bem como pediu que a encontrasse. Gostei de ter falado com ela ao telefone mas receava se seria bom para mim vê-la mais uma vêz.

Tuesday, May 17, 2005

Caminhada Dia 18 17/05/2004

De manhã ao acordarmos tivemos a grata surpreza de encontrar o Álvaro e o Abdo que haviam chegado de Carrillón de Los Condes durante a noite, uma sábia escolha devido ao calor que sofremos durante a tarde. Eles falaram que puderam adotar a navegação pelas estrelas que basicamente consistia em seguir na direção da via láctea. Vale lembrar que o caminho pelo dia oferece o Sol como referência sendo buscado pela manhã e iluminando as nossas costas pela tarde.Caminhamos com o Alvaro até Ledigos onde tomamos café da manhã e seguimos dali sem ele. Continuamos e chegamos a Sahagún o albergue fora contruído em um antigo monastério em um mezanino de madeira sendo talvêz o mais interessante albergue pela sua beleza. O Dinamarquês que havia visto no dia 15 estava ali com um alemão e uma americana amiga do Luiz que possuia um machucado grave no pé. Após registrarmos no albergue, avisitamos o Sylvio que estava em um hotel em frente. Ainda na porta encontramos(eu e Luiz), um sujeito(sem nomes) que começou conversando dizendo ter saído de Calzadilla de la Cueza e veio andando até ali, porém estávamos no alberque e não havíamos avistado-o ali. Eu em reflexo respondi isso e ele ficou sem graça. Após este incidente saí para pagar uma Guiness ao Luiz foi quando encontramos a amiga americana dele acompanhada do Dinamarquês. Após isso convidei a Bettina para sair e passear pela cidade, passamos no hotel quando visotamos Lílian que não estava bem. Eu estava empolgado com a possibilidade de sair com ela, e já passeando pela cidade, avistamos várias contruções antigas algumas delas em reforma. Quando paramos para adimirar uma delas(uma igreja), revelei que estava interessado por ela e tentando me aproximar dela, causei uma reação abrupta de susto e ela saiu correndo, o que me deixou com um sentimento de erro pois causava dor a ela sem saber porquê. Voltei ao albergue sozinho e com Luiz e as Portuguesas preparamos o jantar para dividirmos quando ela passou por mim e avisou que iri conversar ainda comigo. Após o jantar, escrevi uma carta para ela e desci para tentar encontrá-la, ela apareceu com sua amiga Alemã com um outro Alemão e o Dinamarquês. Conversamos e eu aceitei seus motivos para a reação fiquei preocupado e enciumado ao vê-la com aquele Dinamarquês. Voltei para o albergue e fui dormir.

Monday, May 16, 2005

Caminhada Dia 17 16/05/2004

Ao aordar, após estes dias e em consequência ao corte de unhas equivocado em Burgos que neste momento comeóu a causar bolhas abaixo de minhas unhas, decidi caminhar de sandálias pois meus pés doíam muito. De manhã cedo na preparação da saída tivemos (Eu e Luiz) aulas de Tai Chi Chuan com Lola, na saída da cidade fomos adimirando o aparecer do sol que foi devidamente saudado por nossa professora no momento exato de seu surgimento. A saída por pistas planas e tranquilas nos conduziu por Población de los Campos e Villantero. Logo chegamos a Villazar de Sirga onde tomamos café ao som de Cantos Gregorianos em um barzinho muito singelo porém muito bem cuidado expondo a boa energia do lugar. Ao terminar o café torquei as sandálias pelas botas e encontrei Bettina, saí com ela em conversa pelo caminho a frente. Antes de chegar em Carrion de los Condes, após sobreviver a minha conversa, nos separamos devido ao cansaço extremo e aos seus pés bastante doloridos. Não tinha certeza se ela estava gostando de minha companhia pelo seu silêncio mas decidi seguir. Continuando, logo chego a Carrión de los Condes onde deixamos Lola e Sonia AleMãe após uma pequena pausa em um bar. Ali elas tomariam uma condução até a a Calzadilla de la Cueza pois entendemos que o Sol estava muito forte, o que tornaria os restantes 17 Km muito difíceis para elas. Ainda calçando minhas botas começei, porém decidi que em no monastério no meio do caminho iria trocar as botas pelas sandálias mais uma vêz. Fiz a devida assepesia das bolhas dos pés com agulha e linha, passei anestésicos nas pernas e seguimos. Caminhamos debaixo de um Sol escaldante pela primeira vêz sentia muito calor no caminho. Começamos conversando eu o Sylvio e o Luiz, porém com o abatimento do calor e a indisponibilidade de água, aquele trecho começava revelar as suas dificuldades. 17 Kilômetros sob sol quente, sem água em uma paisagem monótona que a cada morrote apenas apresentava a visão para outra reta que tendia ao Infinito. Desde longe avistamos uma parada para Peregrinos e ao chegar perto chegamos ao poço de água que para nossa frustação, estava inoperante. Preocupado com o Sylvio, eu fingia que bebia água e disponibilizavga mais água para ele. Em face ao abatimento do grupo, fiz o que faço melhor, comecei a falar bobagens e assim distraíamos o cansaço que nos atormentava com uma vista para o infinito sem perpectivas de chegada. Após muita asneira e bastante tolerância de meus companheiros de caminhada, chegávamos ao nosso destino, com poucos pontos de referência tínhamos dúvidas se a direção tomada em um determinado ponto nos mantinha na rota para o Albergue de Acácio em Calzadilla de la Cueza. Quando começamos a avistar o albergue recebi um telefonema de Bettina perguntando onde eu estava e combinei encontrá-la. Na chegada, Acácio, o hospitaleiro brasileiro nos recebeu muito bem em consequência da prévia apresentação da Lílian. No albergue podemos lavar roupas e descansar o Abergue e o hotel pertenciam ao mesmo dono. No restaurante do hotel jantamos e degustamos um vinho muito bom. Durante o jantar, em conversa com o Acácio ficamos sabendo com quem Shirley McClaine viveu uma Tórrida noite de amor descrita em seu livro.

Sunday, May 15, 2005

Caminhada Dia 16 15/05/2004

Começou cedo também o dia que marcaria até o fim o meu caminho, logo no começo do caminho na saída da cidade creio que antes da ponte medieval que cruza o Rio a saída da cidade encontramos a Nancy. A subida foi bastante íngreme me recordo de ter passado sido passado por Franceses apressados dentre eles a Merylin. No topo a vista muito bonita (li agora 900m de altura) nos recompensou o esforço. Na descida a famosa foto das 3 sombras gigantes nos utilizando da posição favorável do sol. A descida era tão íngreme que se mostrava perigosa e cansativa para o corpo e apesar disso a corrida dos Peregrinos continuava. Na base, meio contagiado pela corrida saí adiantado e caminhando sozinho.
Minha solidão teria fim mas o preço cobrado seria alto ao passar por uma moça de calças Jeans, boné óculos escuros camisa de ciclista preta e sardas, tinha uma mochila que mais parecia uma casa vermelha e preta pendurada nas costas e que, como detalha esta descrição, a princípio não me parecia nada atraente, porém parecia ser uma companhia para conversar.
Desta forma, como com vários outros estrangeiros com os quais pude exercitar o meu Inglês, puxei conversa e descobri ser ela Alemã, Arquiteta recém formada e com bons motivos para fazer aquele caminho. Em meio ao caminho longo e reto nos defrontamos com uma manada ovelhas que passaram ao nosso redor conduzidas pelo pastor e seu cachorro. Com ela visitei uma capela na entrada de ítero de la Vega antes do Rio a margenado esta cidade. Como sou extremamente falante, e ela alemã, por seu silêncio em alguns vários momentos, entendi que seu comentário de que queria parar em Ítero de la Vega para cuidar dos pés fosse uma razão para ter sossego da minha companhia e nem me ofereci para ali parar com ela. Quando a deixei percebi a aproximação de um sujeito alto e magro com cavanhaque que mais tarde descobriria ser um Dinamarquês. Era realmente a hora de continuar sozinho, após deixá-la vi uma procissão e segui até a igreja de onde saía. Seguindo neste trecho em direção a Boadilla del Camiño, iniciei um exercício bastante interessante que começou com a tentativa de lembrar-me da minha memória mais antiga ainda viva em minha mente(acreditem que legal) e, a medida que surgia algo diferente, se converteu a orações a pessoas que passaram por minha vida (até aquele momento vários ainda ao meu redor e que agora tristemente incluo meu irmão mais velho longe demais...). Foi bom pois de vali da força positiva daquele caminho. Este ritual foi quebrado por um sujeito com conersa estranha que se aproximou de carro(conversa de quem não era muito certo de sua masculinidade), segui e em Boadilla del caminho contatei que se tratava do hospedeiro do Albergue privado dali bastante bacana o albergue mas o astral do alberguista além de suspeito não me inspirou algo bom. Encontrei Nancy, e o casal Espanhol de Santo Domingo de la Calzada. Prossegui e no caminho já com Sylvio e Luiz encontramos uma espécie de otuca de esqui da Nike que eu conhecia bem sua proprietária Germânica e desta forma me apossei para me reaproximar dela. Seguimos até Frómista e ali encontramos um albergue muito bem organizado, logo na entrada uma moça bonita de sardas cabelos castanhos camisa cinza claro me comprimentou sem que eu me recordasse quem fora, respondi e continuei para fazer o check in e perguntar pela alemã, por engano esqueci a touca quando fui ao quarto. Voltei mas ele não mais estava ali. Subi pelos quartos e a procurei para saber se ela o havia pego e reconheci naquela garota de cinza bem simpática com uma beleza pura e específica a minha companheira de caminhada. Bettina havia pego a touca e agora eu havia perdido meu gancho para a conversa e então a convidei para “o” evento da cidade um recital na Igreja ela após avaliar todas as oportunidades da cidade aceitou meu convite. Fomos eu, Sylvio e Luiz a um Templo de San Miguel (bar com esta cerveja) e após comermos algo e berber a dita cerveja em lugar aberto, voltamos para o Albergue para irmos após ao recital. Atrazado fui correndo com Bettina para a Igreja e me sentei ao seu lado para assistirmos o recital, quando percebi que ela passava frio tirei o casaco para ela sob a fiscalização das minhas AleMães. Ela achou estranho a Martha ir falar com o regente após o recital. Bettina registrou seu telefone em minha agenda e minha memória e baixei as fotos da neta da Lilian(dona Maria) para o casal. Excelente albergue!!!

Saturday, May 14, 2005

Caminhada Dia 15 14/05/2004

Um dia de longa caminhada se anunciava, saí bem cedo e sozinho do hostal e me sentia bem, pensei: “Eu havia caminhado em Burgos boa parte do dia anterior então, teria o direito de cruzar de ônibus a cidade.” Refleti e pensei que não iria querer na minha consciência o abandono de um trecho do caminho por menor que fosse e continuei na madrugada fria. Seguindo sozinho devo ter caminhado 1:30hs (cerca de 5Km) até a saída da cidade encontrei Sylvio e Sonia em uma padaria no caminho de saída e continuei com eles e passando pelo portal de saída de Burgos, pelo Albergue e pela cidade universitária. Nesta saída encontrei com 3 mulheres Espanholas de meia idade que havia conhecido durante o caminho e voltaria a ver por várias vezes. Passamos por passagens muito bonitas com várias árvores com muitas cores epela já famosa N-120 a BR-101(estrada que cruza o Brasil) Espanhola porém esta saída da cidade bem como sua chegada foi demorada e não se percebia a chegada a Villabilla e quase tampouco Tradajos que em sua saída despontava logo a entrava de Rabé de las Calzadas que possuia de fato largas calçadas na sua entrada. Me recordo de senhoras aparentemente muito religiosas que me pararam preocupadas com a forma com que eu andava. Na saída dali passamos pela Hermita de Santa María del Monastério e dali o caminho seguiu em terra subindo em direção a meseta longa caracterizada pelos montes de pedras que pensávamos serem formadas originalmente por peregrinos e que mais tarde soube ser originária do trabalho de agricultores que após centenas de anos as acumularam ali. Logo chegamos a Hornillos del Camino que era também muito pequena e logo saimos para Hontanas em meio ao lindo e tranquilo mar de trigo verde que nos conduziu até Arroyo Sambol um Albergue Templário com pinturas varidas e uma água muito boa e fresca o lugar era energizado e era triste ver os peregrinos apressados cruzarem o lugar desesperados para chegar em Hontanas para reservar uma cama e perderem tal beleza. Voltamos ao Mar Verde de trigo e após caminharmos por mais 4Km e quando menos imaginávamos a cidade aflorou do meio do caminho. Na chegada, se avista um enorme declive mas por incríve que pareça a primeira coisa da cidade que se vê é sua estrada de saída o que nos fez cerer estarmos muito distande do nosso destino porém a media que se desce surge a torre da igreja da cidade “puxando” os outros prédios consigo. Desta forma bonita chegamos a Hontanas quando nos defrontamos com uma Italiana e uma Mexicana amiga do Henrique havia jantado conosco em Belorado. No Albergue onde nos separamos de Sonia, encontamos o nosso amigo médico que havia compartilhado o jantar em Atapuerca. Após alguma conversa dele com o Sylvio e insistência de minha parte saímos de Hontanas apesar de ainda haverem vagas ali na cidade. O caminho seria agora a beira da estrada pelo asfalto em sua maior parte sendo a outra pouca parte margeando esta estrada. Paramso para revisar a vaselina dos pés e foi quando tivemos a companhia do Luiz, prossegiundo com ele chegamos rápido nas ruínas do convento de Sán Antón que visitamos e depois prosseguimos. Logo chegamos a Castrojeriz com sua chegada magnífica e seu castelo ali no topo do morro. Avançamos pelos degrais da cidade fundada por Júlio Cezar que soube depois, ter sido palco de batalhas e habitada por Visigodos no passado. Hoje a cidade que abriga o Consulado do Brasil do Caminho de Santiago não apresentava nehuma vaga em albergues tendo apenas vagas em um camping porém o Sylvio e o Luiz me convenceram a ficar no hotel da cidade aundo tiramos fotos da Armadura e da pianola(primeira que eu havia visto) que o dono fêz questão de demonstrar em operação. Após isso fomos jantar no Consulado e comi um feijão maravilhoso com frutos do mar era a entrada mas pedi mais um prato tamanho o interesse por ele. Tivemos por telefone a notícia do nascimento da neta do Sylvio.

Friday, May 13, 2005

Caminhada Dia 14 13/05/2004



A noite de sono foi complicada pois apesar das boas acomodações do albergue, naquela noite me lembro bem tive um dos sonhos loucos que sempre tinha no Caminho e me recordo ainda da complicação que era acordar em uma beliche na parte de cima em um lugar totalmente deconhecido, eu não sabia onde, quando e porque estaria ali...
Na saída de manhã saí sozinho passei na padaria (padarias na Espanha ao contrário do Brasil em geral não vendíam café para se tomar na hora...), comprei um bocadillo e voltei para o hotel na esperança de sairmos logo. Lêdo engano, encontrei todos ainda acordando. Iniciei o caminho sozinho saindo da cidade que era um sítio arqueológico era uma subida não muito inclinada segui pelo planalto de Atapuerca e ao seu fim encontrei um Piloto aposentado da Air France muito divertido e com ele segui conversando um bocado. Em Orbaneja o piloto ficou e eu segui. Em Villafria encontrei Henrique o médico anestesista de Brasília que acompanhou até Burgos, Henrique havia participado do grupo do Luiz, do grupo do Betoni e do grupo do Rio em outras ocasiões. A chegada a Burgos foi dolorosa demais eu mal conseguia andar e ao pararmos em um posto de gasolina onde um grupo de Espanhóis caminhoneiros pensavam que por serem Europeus eram melhores que os outros mas deixamos eles e continuamos pela entrada industrializada, e penosamente longa até a entrada propriamente dita da cidade. Ao chegar identifiquei o Hostal que o grupo havia contatado e fiquei no quarto que dividiria com o Betoni. Ali decidi tentar algo para recurar os pés lavando-os na pia com água quente e fria alternadamente. Depois disso lavei as roupas e com a chegada de Nanci e Betoni fomos ao centro de Burgos visitamos a Catedral que era majestosa. Almoçamos os tres em um restaurante bom com um vinho muito bom também e depois saindo encontramos Abdo, Alvaro, Sónia e Sandra que comiam uma Paella dali depois de contatos telefônicos acompanhads da Patrícia encontramos Sylvio, Lílian e as AleMães. Dali fomos a casa de Chocolates, comemos um bom doce com um café. Voltamos ao hotel e na entrada dali compramos frutas secas deliciosas. Já no quarto cometi o meu maior erro do caminho pois meus pés estavam até então doloridos por aperto da botina e os ossos dos pés respondiam, entretanto eu decidi cortar as unhas e o fiz em excesso. Comentarei as consequências pela frente.

Thursday, May 12, 2005

Caminhada Dia 13 12/05/2004

Após um café da manhã no albergue saí sem chuva, passei no hotel do Sylvio e me encontrei com ele lá para oficialmente sair. O início do caminho foi sem chuva e saímos bem porém a chuva do dia anterior gerou muita lama tipo Melabotón no caminho e desta forma decidimos adotar a prática de vários outros Peregrinos corredores e saír pela estrada com muita tensão devido aos carros e caminhões passando em alta velocidade em meio a esta tensão chegamos a Espinosa del Camino. Voltamos ao Caminho sem muitas paradas e assim chegamos em Villafranca de Oca (Se me recordo seria onde o Sylvio teria ficado em sua outra viagem em uma casa Mal Assombrada) no restaurante onde tomamos café nos encontramos com o pessoal do Albergue, a Érica o Betoni, etc... Na saída compramos remédios e reiniciamos. Dalí até Agés o Caminho foi longo e lindo, com lindas vistas, pinheirais árvores repletas de musgo muitas folhas secas no solo e paisagens lindas sem falar nos pássaros CuCo... Aproximando-nos do fim tivemos uma vista linda de Agés visitamos uma igreja muito bacana em San Juán de Ortega cujo albergue já estava lotado. Lílian havia ido na frente para Atapuerca e acertou vagas no hotel e um Albergue pago ao seu lado. Com as perdas de vagas nos Albergues anteriores eu estava estressado com a possibilidade de per der a vaga ali também, porém o poder de negociação da Lílian foi de sucesso como constatamos ao chegar ali às 15:00. No albergue, bastante simpático eu era o único falante da língua portuguesa e ali encontrei Merylin e apenas com ela pude conversar ali também vi pela primeira vez com um médico Espanhol (me ajudem com o nome do médico que fez amizade com todos). Bem depois chegou ali a Érica, o Luiz e a Lola, a acompanhando-a porém nem no Albergue não haviam vagas e após eles conversarem decidiram ir a Olmos de Atapuerca(1,5Km dali). O jantar foi no hotel e tivemos na mesa um Italiano boa praça interessado na Érica e o médico Espanhol. Após o jantar e fotos com todos fui dormir no Albergue quando encontrei com a Merylin, verifiquei planos para os próximos dias com os franceses (entendendo praticamente nada) e ao fim consertei uma lanterna de um deles apesar da barreira linguística. A experiência de não ter ninguém por perto com quem eu pudesse me comunicar foi única. Eu entendi o que a Bettina passou conosco.

Wednesday, May 11, 2005

Caminhada Dia 12 11/05/2004

Preparação de Bocadillos para o caminho e saída com muito frio, chuva em tempo ruim porém com passagem sobre o Rio Oja. Apesar do tempo ruim o piso ajudou muito. A chegada a Grañón foi fácil porém nada estava aberto naquela cidade. Saímos sem dificuldades em direção a Redencilla pois o piso também ajudava porém de Redencilla a Castildelgado havia muita lama na subida. Após um rápido café na beira da estrada, voltei para comprar água e encontrei Maryline. Com ela caminhei conversando sempre até Villamayor onde nos separamos e segui até Belorado. Rapidamente chegamos a Belorado e me registrei em um Albergue não oficial de excelente qualidade em que todo o pessoal de Brasil (da noite anterior) estava hospedado. Jantamos todos juntos e no restaurante o dono muito mal educado discutiu conosco sobre o acesso a Internet que estava com problemas. Algumas pessoas que conhecemos iriam dormir em garagens alugadas em face a falta de lugares nos albergues.

Caminhada Dia 12 11/05/2004

Preparação de Bocadillos para o caminho e saída com muito frio, chuva em tempo ruim porém com passagem sobre o Rio Oja. Apesar do tempo ruim o piso ajudou muito. A chegada a Grañón foi fácil porém nada estava aberto naquela cidade. Saímos sem dificuldades em direção a Redencilla pois o piso também ajudava porém de Redencilla a Castildelgado havia muita lama na subida. Após um rápido café na beira da estrada, voltei para comprar água e encontrei Maryline. Com ela caminhei conversando sempre até Villamayor onde nos separamos e segui até Belorado. Rapidamente chegamos a Belorado e me registrei em um Albergue não oficial de excelente qualidade em que todo o pessoal de Brasil (da noite anterior) estava hospedado. Jantamos todos juntos e no restaurante o dono muito mal educado discutiu conosco sobre o acesso a Internet que estava com problemas. Algumas pessoas que conhecemos iriam dormir em garagens alugadas em face a falta de lugares nos albergues.

Tuesday, May 10, 2005

Caminhada Dia 11 10/05/2004

Após as “Férias”, saímos nem tão cedo (7:00) e ainda voltei para pegar o celular do Sylvio que havia esquecido na pousada. Logo chegamos a Nájera me recordo das formações montanhasas de um tipo de barro vermelho bastante erodido. Cruzamos a ponte e encontramos o Zé Luis (do albergue de Ventosa) então tomamos um café em um barzinho muito simpático que dava fundos para o Rio na primeira rua a direita. Com a dica do Zé Luis, voltamos ao Caminho rapidamente e antes de sairmos da cidade vimos o monastério e saímos subindo pelo bosque em meio a vários pássaros. Encontramos ali um casal de Pernanbucanos e com eles conversamos muito(não era o pernanbucano arretado que andava feito um doido com casaco amarelo). Rapidamente chegamos em Azofra e o Espanhol de Larrassoña. Saímos tarde, sendo que antes compramos suco e chocolate. Caminhamos até o Platô de Cirueña e cansado, ao constatar a necessidade de desvio do campo de Golfe fiquei irritado mas o caminho era assim as dificuldas impostas surgiam a revelia de nosso planejamento e de nada adiantava a irritação. Ao chegar em Santo Domingo de La Calzada com uma perna doendo muito tentei vaga no Albergue das Freiras sem sucesso tentei também o Albergue municipal sem sucesso e ainda tendo que ouvir que eu teria condição de continuar e que reclamava da dor sem motivo. O Sylvio iria ficar em uma pousada mas eu decidira ficar em um Albergue. Eu estava com um senhor Alemão que não falava Inglês, Espanhol ou outra língua que eu pudesse ententender e como ele tinha dificuldades, eu tentava ajudá-lo (Sonia, creio que se chamava Kurt...) e após informá-lo que não haviam vagas nos preparamos para andar mais 6Km até Grañón quando uma amiga dele Austríaca me ofereceu sua vaga no Albergue pois ela iria acompanhá-lo até Grañón. Ao chegar no quarto do Albergue das Freiras me encontrei com um casal Español que conversamos no caminho (Maria José e Alberto). Após um banho, saí para conhecer as igreja com o Galo vivo em seu interior, e assisti algumas procissões com crianças dançando animais com mantos e instrumentos. De volta ao Albergue decidi comer com o pessoal do Albergue e saí de novo para comprar vinho, conheci melhor o grupo de Brasileiros(Dr. Betoni, Nancy, Erika e Patrícia bem como duas Portuguesas que mais tarde seriam grandes compnheiras de viagem. O Jantar foi muito bom bem como o vinho e após comermos ainda pude conhecer outras pessoas de todos os lados do mundo, me recordo conversar com uma senhora simpática da Finlândia.

Monday, May 09, 2005

Fim de Folga/Caminhada Dia 10 09/05/2004

Na manhã para sairmos de Haro, na rodoviária, Pior lugar da cidade muito mal frequentada. Encontrei muitos Euros na rua(cerca de 40,00 se bem me recordo) e saímos para Logroño onde chegamos as 10:00. Na saída de Logroño a beira do lago enconramos mais uma vêz Claudia e alguns amigos americanos e canadenses com os quais conversamos e trocamos algumas piadas. No caminho em uma vila encontramos mais uma vêz a cadela Duna e o Espanhol de Larrasoaña que ali parava para ficar pelo domingo seguimos caminhando mais até Ventosa quando então conhecemos Zé Luis. Em Ventosa nos hospedamos com o grupo dos cariocas que nos receberam excelentemente com uma boa comida. Zé Luiz nos serviu uma dose de cachaça para um dedo de prosa.

Sunday, May 08, 2005

Caminhada/Folga Dia 9 - 08/05/2004

Neste primeiro terço da caminhada iríamos andar pouco pois como planejado estaríamos indo a Haro. Tomei café da manhã na conto do Sylvio pois ele não o tomara no hotel e partimos conversando com as senhoras Epanholas: Teresa, Maitê e Begônia, que decidiu ser minha sogra, (aumentei muito minha família nesta viagem: uma mãe que se consagrou (Lílian), duas AleMães(Sonia e Martha) um brother (Luiz), irmãs (Sónia, Sandra e Raquel) e uma linda namorada (Bettina)). Chegando em Logroño fomos recepcionados pela filha de Felícia que mantinha a tradição dos figos secos e pude conhecer um pouco de sua história com perdas e de bastante luta. Em Logroño, uma cidade bem desenvolvida rápidamente tomamos um ônibus para Haro e assim que chegamos paramos na praça central para um lanche ao sol intenso mas não fazia calor, um clima muito bom para desfrutar o que a Rioja fazia de melhor, o seu vinho. Dali acertamos hospedagem no hotel Austral e partimos para passear na cidade conhecendo o museu do vinho. Quando saímos constatei que seria mais caro comprar uma coca cola do que um cálice de vinho o pessoal era tão afficionado por vinhos que até a coca cola era misturada ao vinho. Dali voltamos ao hotel, descansamos um pouco e saímos a noite, uma cidade muito agitada, muita festa e gente pelas ruas se divertindo. Decidimos comer no beethoven onde comemos e bebemos muito bem.Depois disso voltamos ao hotel devido ao próximo dia de caminhada por vir.

Saturday, May 07, 2005

Caminhada Dia 8 - 07/05/2004

Ao saírmos de Estella de manhã, passamos pela dona do hotel (situação difícil) e tomamos um taxi em direção a Luquin para para retomarmos o caminho de onde havíamos parado, quando ali chegamos, Julio, o marido de Andrea nos convidou a voltar a piscina para tomarmos café. Conversamos sobre a crise na Argentina e nas oportunidades da Espanha e ele revelou que não voltaria a Argentina a não ser para turismo. Nestes dias já estava tomando anti-inflamatórios para suportar a dor. Seguimos dali em direção a Los Arcos por planícies prenchidas por plantações vastas que mais pareciam o mar oscilando ao vento. A chegada a los Arcos foi acompanhada pelo Espanhol Mario que era muito falante(Vcs podem acreditar que eu considero alguém falante???). Passamos por uma farmácia para repor o estoque de anti-inflamatórios e pude comprar compeeds para as bolhas surgindo. Quando parei na praça central da cidade para colocar os compeed encontrei Marylune mais uma vêz que contou que passou mal e estava ali a um dia e passaria mais um para se recuperar. O Caminho era duro e excesso de esforço no início cobrou sua conta agora. Passamos por campos de Oliveiras onde fiz questão de tirar fotos destas plantas tão soturnas. O caminho agora nos levava a Samsol uma pequena cidade que escondia Torres del Rio com sua chegada em passagem por baixa da estrada. Nesta cidade subimos até perto de uma igreja templária que não pudemos entrar e ao avistar lado um bar, o elegemos para o lanche. O bar era todo decorado com motivos templários e de bruxaria e além disso tinha uma tortilha muito boa além de ótimo vinho.

A caminhada até Viana foi dura devido as dores que se faziam presentes mesmo com os remédios e os compeeds. Próximos a cidade Sylvio tentava arranjar hospedagem e eu tinha esperança de encontrar um albergue. Na chegada em Viana percebi o interesse em manter o acervo histórico destas cidades com vários prédios sendo restaurados. Como chegamos tarde e cansados fomos buscar acomodações. Fui o último a conseguir uma vaga no albergue e o Sylvio como planejado ficou em um Parador. Como eu estava muito cansado e as AleMães iríam demorar a chegar me apossei do quarto delas para na banheira me recuperar físicamente. Depois passeamos rápido pela cidade e jantamos no restaurante do hotel, jantar este acompanhado de um excelente vinho Riojano, fomos os primeiros a jantar pois o albergue fecharia cedo, tive que sair tão rápido que nem pude desfrutar a sobremesa. De volta ao albergue re-encontrei Fábio que tinha os pés doendo e percebi que em minha cama (terceiro piso da TRIliche) eu tinha como vizinho a Espanhola Consuelo que havia nos acompanhado no caminho a Sain-Jean, estes encontros e desencontros seriam comúns no caminho, pois também reencontrei os Alemães que tínham os joelhos dolorídos na saída de Pamplona. A companhia também me reservaria a presença de um casal de Noruegueses nas posições do segundo andar das beliches sendo que o Norueguês que estava na minha beliche fazia muito barulho que tentei acabar balançando a estrutura da beliche. Eu acabei dorming pelo cansaço.

Friday, May 06, 2005

Caminhada Dia 7 - 06/05/2004

A partida da cidade aconteceu as 7:40 ao lado do Sylvio, os pés doíam demais os eu rangia os dentes e rosnava de dor devido as dores nos tendões. Utilizei a técnica do Sylvio a qual consistia de inpirar fundo absorvendo a energia do ambiente e expirava os males que me atormentavam. A técnica associada coma a determinação em concluir o caminho a pé permitiram prosseguir. Logo no começo encontramos o Espanhol Juan que havia dormido em nosso albergue em uma barraca acompanhado de sua cadela Duna e com eles passamos por terrenos em obras, vários campos floridos e formações rochosas que me deram saudades das escaladas no Rio. Na chegada de Cirauqui vi Meníres como das estórias de Ásterix o Gaulês, a cidade como outras surge em um morrote isolada dos campos verdes alternados por vinhedos em formação que expunham a terra vermelha. Em seguida no caminho encontramos com Álvaro, Abdo, Sónia e Sandra. Saímos dali e partimos saindo pela estrada Romana com os arbustos peculiares e pontes antiquíssimas, no fim da pista encontramos com Claudia e seguimos por mais campos floridos, piadas(fracas) e uma parada para um café em Villatuerta. Alí no café pude conhecer melhor Claudia e entender seus motivos de fazer o caminho e expôr meus motivos comecei a entender que as pessoas eram muito semelhantes apesar das diferenças geográficas e culturais as quais estamos submetido e que esta coisa de rotular os outros por sua origem não faz sentido. Continuamos com ela até Estella com pedras enormes e suas contruções muito bonitas. Após a entrada na cidade, nos separamos de Claudia e comemos uma tortilla na plaza de los Fueros, e continuamos passando pelo centro da cidade e depois seguimos até chegar a Irache onde parei na fonte de vinho, tentei fazer meu irmão me ver na internet. Eu acabei conhecendo um grupo de ciclistas espanhóis que eram em grande número pelo Espanha. Após ser lembrado de continuar o caminho pelo Sylvio fui ao Monastério de Irache e me emocionei muito ao ver aquele prédio tão antigo grandioso. Na saída não sei se por efeito do vinho interpretamos erradamente o mapa e não cruzamos a estrada o que nos levaria a Azqueta entretanto seguimos pela trilha(bem marcada) da esquerda passando por um bosque bem fechado com subidas e descidas até Luquin uma cidade muito pequena. Ali chegando procuramos informações pois Luquin não estava em nossa planílha e chegamos a piscina municipal onde no bar conhecemos a dona do bar, Andrea uma Argentina muito simpática com quem conversamos e ficamos sabendo que as próximas cidades não teríam lugares em seus alberges assim sendo decidimos comer uns bocadilhos, tomar umas cervejas e arranjar transporte para voltarmos para Estella de taxi. Chegando em Estella encontramos com Zé Carlos (Rio) que havia chegado na frente e fomos para o apartamento onde fiquei de agregado, dormindo no meu saco de dormir e nem saí para jantar com o grupo.

Thursday, May 05, 2005

Caminhada Dia 6 - 05/05/2004


Saimos eu e Sylvio bem cedo as 6:30 com tudo escuro passamos mais uma vês os fossos de Pamplona e adentramos a cidade universitária. Deixando a cidade para trás avançamos para uma subida enlameada devidamente batizada MELABOTÓN fazendo o caminhar ainda mais difícil. Logo após o caminho por trigais de um verde intenso, extenso, recheado por ruinas e muito lindo nos levava a Cizur Menor onde fizemos lanche e depois então continamos quase não percebendo a passagem por Guendulain de tão pequena. Percebendo a monotonia cansativa da subida decidi narrar nosso avanço com técnicas radialistas que cairam bem pois logo chegamos a La Fuente de la Tentación e tivemos a visão dos geradores eólicos, que depois eu viria a conhecer como cataventos malditos pelo meu amigo Luiz fazendo referência ao Frio da Porra que sofreu ali quando imagino deva ter chamado: Maíííínha Miacúda !!! Após tradicionais fotos descemos quando ajudamos Alemães da Bavária com problemas nos joelhos. Continuando a trilha de pedras, trilha esta perigosa para os tornozelos, chegamos ilesos a Zariquiegui que parecia uma cidade após um acidente que deixara os prédios intactos e vazia, em Urtega defrontamos uma fonte de água pura e um bar onde conversamos com o pessoal do Rio. Segui com Sylvio por campos planos e muito floridos apresentando tons de vermelho a amarelo intensos. Em meio a este cenário volto correndo por cerca de 15 minutos ao bar assim que me dei conta ter esquecido minha, câmera para constatar que ali não mais estava. Voltei e encontrei Sylvio com a Bávara Claudia que partiu na frente comigo, tentava me consolar falando que iria reencontrar a minha câmera embora minha maior tristeza era a perda das fotos. Passamos por outras cidades perguntando pela câmera e chegamos a Puente de la Reina quando um Italiano muito simpático me entregou a câmera e posamos para uma foto com Claudia. Nos registramos no Albergue municipal onde um amigo (não direi o nome), com más intenções, apareceu procurando por uma Belga(linda) que não apresentava hábitos de higiene fortes ele concluiu que por isso mesmo desistiu. Ele ainda me sugeriu mudasse para o albergue novo no topo da cidade após a puente (de la reina...). Após algum Stress na transferência saí para o novo albergue onde pude acessar internet lavar minha roupa e jantar com os amigos do Brasil e Portugal.

Wednesday, May 04, 2005

Caminhada Dia 5 - 04/05/2004

Como havíamos dormido em Zubiri voltamos a Larrasoaña de Taxi(Fermin) as 8:30 o caminho seguia muito lindo a beira do Rio. Após passarmos por várias vilas algumas com ruinas, eu e Marta nos defrontamos com um Cavalo Bretão que disparou em nossa direção. Nós abrimos passagem para ele e eu tirei uma boa foto. Continuando seguimos a beira do Rio cruzando pontes milenares e áreas de picknic cheias de flores lindas. Ao término do calçadão cruzamos a estrada e após uma para estratégica, subimos por um desfiladeiro que seguiu pelo rio majestosamente acompanhando-o e sucitando o desejo de voar. Seguimos com uma passagem por baixo da carretera tendo em seguida um mirante. Chegamos finalmente em Villava, um vilarejo lindo que apresentava em sua entrada euma igreja templária a beira de um rio envolto por ruinas de um aqueduto, rio este que naquele momento estava habitado por patos de cores lindas. Ali em Villava comprei créditos para meu telefone, tomamos café em um bar charmoso e passamos por Abdo que telefonava para o Brasil. Continuamos em direção a Pamplona porém não percebemos a chegada a cidade pois a cidade com aparência de cidade pequena e linda se transforma em uma grande Pamplona desde longe se vê as muralhas da cidade e prédios antigos. Nada como a luz do dia para revelar uma Pamplona ainda mais linda.
Seguindo o caminho cruzamos uma ponte muito bonita e deixamos para trás uma Pamplona moderna para cruzar os fossos, muralhas em dormato de estrela e adentrar Pamplona Antiga. Chegando na cidade e revisitando os prédios altos e estreitos e vielas ainda mais estreitas antes vistos apenas em filmes, seguimos em direção ao Albergue para podermos carimbar as credenciais onde mais uma vêz vimos Firmin trazendo agora Alemãs. De posse das credenciais carimbadas seguimos buscando informações e sem sucesso, continuamos(eu e as AleMães) passeando pela cidade porém como não teríamos como visitar nenhum lugar em face ao horário decidimoscomer uma tortilla eis que surge em nossa frente “La casa delas Tortillas” ao entrar(descendo escadas) encontramos um bar único e sem turistas, com Tapas e bom vinho além das Tortillas. Após fotos com o dono do bar e o presente, uma moeda de 1 real para o dono do bar saímos. Fomos para o hotel (Onde mais??? La Perla claro!!!) saindo de lá encontramos Sylvio e Lílian e fomos tomar café, visitar a plaza de toros e fazer compras peregrinas. Andando encontramos mais uma vêz os amigos do Rio.Voltando fomos jantar em no restaurante Iruña ao lado do La Perla, que tenho certeza terá seu nome lembrado por meus amigos.

Tuesday, May 03, 2005

Caminhada Dia 4 - 03/05/2004

Já recuperados, acordamos em Burguete e tomamos café da manhã. A paisagem dos Pirineus iria enfeitar nossa caminhada a distância para manter na memória os bons (duros) momentos dali. Haviamos (eu Lilian, Sylvio e as AleMães) ficado em uma pousada e o resto do pessoal do Rio ficou em outra. Ao sair pela manhã os encontramos quando passamos por Espinal e paramos para olhar as vaquinhas. Em verdade quase não vimos pois naquele momento, por nós passaram como dois Foguetes a Lucília e a Los Angeles, a febre da corrida contra o tempo (mal que estava acometendo a maioria dos Peregrinos neste ano santo havia contagiado elas duas vindo a me afetar no fururo próximo).
O relevo agora era bem diferente do que o caminho havia apresentado no dia anterior, parecia o interior do Brasil com os seus mares de morros, pequenas elevações de morrotes suaves um após o outro. No começo do dia não me recordo onde... havia até uma subidinha (metida a besta em comparação aos PIRINEUS!!!) chamada alto do erro mas agora entendo que seu nome deve ser proveniente do erro de chamá-lo alto em face aos Pirineus já conquistados. O bonito de lá eram os gramados vastos e o fato de sabermos que a caminhada daquele dia não nos reservaria surpresas no tocante ao relevo. Tivemos sim a alva lavada pela chuva fria de uma primavera que começava tímida.
Entre uma e outra cidade neste começo, nos defrontamos com uma ponte em que se passavam cachorros para curá-los da raiva, me recordo que ali avistamos uma colônia de gatos muito bonitos (aceito ajuda para localizar o lugar). Seguimos então passando por Viscarret e antes de Linzoain quando a trilha cruzava a estrada passamos por um marco com uma imagem da Virgem Maria, as cidades eram muito bonitas reforçando em minha mente ainda mais a arquitetura e modo de vida tão diferente ao meu. Este dia apenas nos reservava um cenário nada peregrino na passagem ao redor da fábrica de Magnesita que me recordou os tempos penosos de manutenção industrial no meu primeiro emprego. Ao sair de Linzoain encontramos uma mulher meio perdida (Sylvio: tente clarificar esta passagem), receio que ela teve problemas naquele dia pelo horário em que a encontramos e a distância em território inabitado que viríamos a percorrer depois dali. Descemos e após muito caminhar passamos por Zubiri e finalmente chegamos a Larrasoaña onde então paramos e constatamos não haver vagas disponíveis para recebernos eu começava a ficar aborrecido com a dificuldade em arrumar vagas em albergues. Conhecemos um senhor Espanhol simpático, de fala engraçada e muita disposição para caminhar e ali ficamos conversando enquanto aguardávamos o grupo todo chegar. Visto que não poderíamos ficar ali decidimos chamar um Taxi e retornar para Zubiri e veio Fermin.
Ali dormimos para mais um dia de caminhada por vir.

Monday, May 02, 2005

Caminhada Dia 3 – 02/04/2004

Alvorada 7:00 com café da manhã com o legítimo pão francês. Ao sairmos de Honto os Pirineus revelavam a cada momento paisagens lindas e subidas muito íngremes onde iniciava os contatos com italianos, americanos e franceses. Conversei muito com Merilyn enfermeira francesa que após o caminho estaria se mudando para os EUA. Tentei acompanhá-la mas percebi que seria um erro tentar pois seu rítimo era muito acelerado.Chegando na estátua da Virgem pude desfrutar do canto do amigo Ramón que faria até mesmo Gounod se emocionar. Ao chegar ao topo não resisti e tirei fotos deitado ali na pouca neve remanescente. Dali passamos por abrigos primitivos e chegamos ao topo onde em uma fonte nos hidratamos conversamos com mais pessoas de todos os lados. Na descida sozinho me sentia na Terra Média em estradas repletas de folhas secas e tomei caminhos fora da estrada para conhecer esta vegetação tão diferente da minha Brasileira. Neste caminho pudemos conhecer melhor o Alvaro e descemos por bosques incríveis. Ao defrontarmos a descida final optamos por tomar a estrada(uma boa decisão para os joelhos embora um pouco mais demorada) perto da base visitamos bunkers desabitados e seguimos por trilhas ao lado de um rio maravilhosa. Chegamos a Igreja as 14:00hs. Encontramos outros peregrinos e fomos tomar café com bagaceira e como não haviam vagas no albergue(situação que se tornaria comum...) saímos para Burguete para um hotel. Os pés apresentavam sinal de cansaço o calçado fora mal escolhido e começavam a matratar os ossos. Abandonamos tudo no hotel e voltamos a Roncesvales para a missa (2,5Km de volta) de volta a Roncesvales tivemos notícias de Sylvio que tomou 9:00 com Lílian que bravamente conquistou esta travessia. De volta jantamos cerdo com batatas acompanhados de um bom vinho de Navarra.

Sunday, May 01, 2005

Caminhada Dia 2 – 01/04/2004

Acordamos cedo tomamos café no salão do La Perla que embora necessitasse reparos confirmou minha percepeção de glamour do passado. Saímos de Van com Pache e no meio do caminho paramos no Aeroporto conhecemos a Espanola Consuelo que mais tarde eu viria saber que era a amiga de peregrinação Luiz e Lola. Então bem como ela, pegamos mais três Brasieliros do Paraná que estavam de bicicletas para irmos para França. Após algum atrazo (devido aos ciclistas) em Roncesvales atravessamos os Pirineus quando pude ter uma idéia do que me aguardava. A vista da estrada cortando aquelas montanhas era magnífica. Ao chegar a Saint Jean(minha primeiravêz na França) encontrei uma cidade muito linda com uma muralha medieval incrível na qual atrás ficava a pousada Ramuncho que abrigava os amigos do Rio de Janeiro que iriam me acompanhar no início de minha jornada. Dali fomos almoçar pato batatas vagem e vinho(Domaine Abotia) e então carimbar minha credencial de Peregrino neste momento encontramos mais dois peregrinos brasileiros Alvaro e Abdul e duas Portugesas que naquele momento muito timidamente me cumprimentaram. Saimos dali para Hunto as 15:30 e em um caminho inclinado por pastagens com ovelhas e cães simpáticos chegamos a casa rural as 17:00Hs onde nos fixamos em dois quartos sendo que eu fiquei com minhas duas mães em um quarto com mais três senhoras francesas que viriam a nos encontrar em várias etapas adiante. Após um pequeno descanso e um banho fomos jantar com os amigos Brasileiros(roubamos o queijo da mesa toda...) sendo que após isso quando tivemos que sair para o quarto que ficava ao do outro lado da estrada, solicitei a Santiago a parada da chuva torrencial sendo prontamente atendido(eu mesmo me surpreendi).