Tuesday, May 03, 2005

Caminhada Dia 4 - 03/05/2004

Já recuperados, acordamos em Burguete e tomamos café da manhã. A paisagem dos Pirineus iria enfeitar nossa caminhada a distância para manter na memória os bons (duros) momentos dali. Haviamos (eu Lilian, Sylvio e as AleMães) ficado em uma pousada e o resto do pessoal do Rio ficou em outra. Ao sair pela manhã os encontramos quando passamos por Espinal e paramos para olhar as vaquinhas. Em verdade quase não vimos pois naquele momento, por nós passaram como dois Foguetes a Lucília e a Los Angeles, a febre da corrida contra o tempo (mal que estava acometendo a maioria dos Peregrinos neste ano santo havia contagiado elas duas vindo a me afetar no fururo próximo).
O relevo agora era bem diferente do que o caminho havia apresentado no dia anterior, parecia o interior do Brasil com os seus mares de morros, pequenas elevações de morrotes suaves um após o outro. No começo do dia não me recordo onde... havia até uma subidinha (metida a besta em comparação aos PIRINEUS!!!) chamada alto do erro mas agora entendo que seu nome deve ser proveniente do erro de chamá-lo alto em face aos Pirineus já conquistados. O bonito de lá eram os gramados vastos e o fato de sabermos que a caminhada daquele dia não nos reservaria surpresas no tocante ao relevo. Tivemos sim a alva lavada pela chuva fria de uma primavera que começava tímida.
Entre uma e outra cidade neste começo, nos defrontamos com uma ponte em que se passavam cachorros para curá-los da raiva, me recordo que ali avistamos uma colônia de gatos muito bonitos (aceito ajuda para localizar o lugar). Seguimos então passando por Viscarret e antes de Linzoain quando a trilha cruzava a estrada passamos por um marco com uma imagem da Virgem Maria, as cidades eram muito bonitas reforçando em minha mente ainda mais a arquitetura e modo de vida tão diferente ao meu. Este dia apenas nos reservava um cenário nada peregrino na passagem ao redor da fábrica de Magnesita que me recordou os tempos penosos de manutenção industrial no meu primeiro emprego. Ao sair de Linzoain encontramos uma mulher meio perdida (Sylvio: tente clarificar esta passagem), receio que ela teve problemas naquele dia pelo horário em que a encontramos e a distância em território inabitado que viríamos a percorrer depois dali. Descemos e após muito caminhar passamos por Zubiri e finalmente chegamos a Larrasoaña onde então paramos e constatamos não haver vagas disponíveis para recebernos eu começava a ficar aborrecido com a dificuldade em arrumar vagas em albergues. Conhecemos um senhor Espanhol simpático, de fala engraçada e muita disposição para caminhar e ali ficamos conversando enquanto aguardávamos o grupo todo chegar. Visto que não poderíamos ficar ali decidimos chamar um Taxi e retornar para Zubiri e veio Fermin.
Ali dormimos para mais um dia de caminhada por vir.

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